Ao organizar os quadros, não existem regras. A criatividade não só pode como deve rolar solta! Porém, antes de montá-los em arranjos de parede diferentes e estilosos, existe outra etapa para se considerar: a escolha da moldura.
Erra quem pensa que ela deve ser combinada à decoração, como a cor do sofá ou o estilo das mesas. A função da moldura é destacar e complementar a arte – portanto, é a obra que deve ser levada em conta como principal fator ao decidir o restante do quadro. Confira outras dicas para harmonizar o conjunto:
1. Simplicidade reina
Às vezes, optar por uma moldura simples e discreta é a melhor escolha! Modelos tipo caixa com passe-partout em branco, por exemplo, vão bem em diferentes estilos de decoração e destacam a pintura sem se sobressair. Mas atenção: apesar de ser uma escolha quase sempre certeira, se a obra não possui branco entre seus elementos, a composição ao redor não irá valorizá-la. Neste caso, vale a pena apostar em outro tom neutro presente na pintura, fotografia ou gravura.
2. Atenção ao passe-partout
Você sabe o que é o passe-partout? Do francês “passar por tudo”, ele é quase outra camada de moldura com a função de proteger e enfatizar a obra. É especialmente recomendado para telas, pôsteres e gravuras pequenas — quanto menor a arte, maior pode ser o passe-partout.
O passe-partout costuma ser branco ou creme, raramente colorido. Além dos dois tons combinarem mais com uma variedade de decorações, a sutileza que possuem fazem com que não se tornem cansativos e continuem relevantes com o passar do tempo. Ele também não precisa ser da mesma cor da moldura.
3. Decidindo-se entre antiguidades e modelos atemporais
Como não existe uma regra propriamente dita, escolher as molduras é uma verdadeira prova de estilo! É possível brincar com contrastes, por exemplo, emoldurando obras contemporâneas com molduras antigas e vice versa.
Por outro lado, é mais seguro alinhar as épocas: observar museus é revelador na hora de investir em arte, e eles costumam combinar as obras a molduras com os mesmos precedentes históricos.
O importante é analisar sua obra e definir o que ela pede e o que você gosta, criando um contexto harmonioso que te agrade visualmente.
4. Os detalhes fazem a diferença
Um erro comum é acreditar que o peso visual da moldura se dá pela sua largura – na verdade, quando bem escolhida, a moldura larga valoriza ainda mais a pintura. O que torna o conjunto realmente pesado é a cor, quando mal escolhida.
Também é importante prestar atenção no alinhamento dos cantos da moldura em relação ao passe-partout. Ele deve ser sempre de 90 graus, garantindo que a obra não encoste no vidro.
Por último, mas não menos importante: as molduras da casa não precisam ser as mesmas. A repetição faz sentido para uma série de imagens de uma mesma coleção ou artista, mas não em um mural em que as obras não estejam necessariamente conectadas. Afinal, se a moldura deve dialogar com o quadro, ela não será igual para todos eles!